
“Não gosto do meu corpo, se pudesse mudava tudo, até a minha alma. Sinto-me gorda, muita gorda e não sei o que hei-de fazer, já experimentei tantas dietas. Sei tudo sobre dietas, li tudo sobre dietas, mas parece que elas não funcionam comigo. As minhas ancas são enormes e a minha cara... Quando me olho no espelho acho-me horrível, preferia morrer a ter de ficar assim. Veja como estou gorda, e as minhas ancas... Como eu gostaria de ser como aquelas modelos que vejo nos desfiles de moda. Era o meu sonho. Mas assim como estou agora, sinto-me um monstro”.
A luta contra a balança, em busca de um estilo de vida mais saudável, não se resume apenas pela busca do peso ideal. Muitos são os motivos que nos levam a procurar a perfeição dos corpos, mas os que mais pesam, actualmente, são a sociedade e o seu sentido estético e a busca por uma melhor auto-estima. Como se pôde constatar através da sondagem efectuada, 77% das pessoas afirma não gostar do seu corpo, enquanto que 22% afirmam gostarem de si consoante os dias e apenas 1% afirma gostar do seu corpo.
Muito mais do que a busca pelo peso ideal e uma melhoria substancial na saúde, a Reeducação Alimentar passa hoje por uma bóia de salvação, a luz ao fundo do túnel, deste Mundo feito de estereótipos e medidas, em que apenas as carinhas bonitas e os corpos perfeitos são totalmente integrados e aceites na sociedade. Mas será esse o verdadeiro papel da RA? Será que é através dela que conseguimos ser aceites na sociedade, não ser olhados de lado, entrar numa loja e comprar tudo o que queremos (porque tudo nos serve!), etc? Ou será que o objectivo da RA é ter uma alimentação saudável, mudando hábitos e comportamentos alimentares, investindo na actividade física, e melhorando quer exterior mas principalmente interiormente?
Para mim a RA pode ter as duas vertentes, mas só, não fará milagres! Muitos do que entram no longuíssimo processo que é a RA, entram com um objectivo que não é, de todo, o melhor. Normalmente querem fazer ver aos outros que são capazes, entram com desejo de vingança, e em busca de resultados rápidos. Mas quem sou eu para julgar ou fazer juízos de valor? Ninguém. Apenas acho que a RA pode ser sim uma “bóia de salvação”, mas no que respeita a resgatar-nos a nós próprios. A fazer-nos ver que é possível mudar e fazer melhor por nós. Somos todos diferentes, mas todos temos um objectivo comum, sentirmo-nos bem connosco!
3 comentários:
Concordo totalmente com você. Muita gente confunde o objetivo final da RA. Muita gente confunde, na verdade, o objetivo real de emagrecer. Há quem associe um novo peso a solução de todos os seus problemas, sem querer enxergar, na verdade, o cerne de cada questão.
Acho, como você, que a RA pode ser uma bóia sim, uma alça, mas o que ela visa de verdade é uma qualidade de vida melhor, uma saúde privilegiada, que levam a uma satisfação maior consigo mesma e a facilidades na vida prática (aquelas que a obesidade atrapalha, digamos bem) e não ao fim de situações que não são, verdadeiramente, geradas pelo corpo/peso/manequim e sim um 'buraco bem mais embaixo'.
Excelente post.
Beijo grande
Beth
http://aconquista.zip.net
Oi Anselmo..
Cheguei hoje de viagem e vi seu comentário,agradeço e peço desculpas por não ter respondido antes,tive alguns probleminhas com meu blog,mas acho que agora está tudo bem!Amei seu post..
Super beijo...
Olá Anselmo, ótima sua postagem,temos que encarar a RA de frente e ir em busca de mudanças efetivas.
Um grande abraço
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